"-Desgraçado, porque não te prostras diante do Verdadeiro DEUS presente neste Divino Sacramento?"Um espírito, falando pela boca de uma pessoa, fez com que um judeu incrédulo compreendesse esta verdade, por meio de uma comparação material e grosseira. O homem achava-se numa praça com muitas pessoas, entre as quais a mulher possessa. Nesse momento passou um padre que levava o santo Viático a um doente. Todos os presentes se ajoelharam e prestaram homenagem ao Santíssimo Sacramento. Só o judeu ficou imóvel e não deu sinal algum de respeito. Vendo isso, a mulher levantou-se furiosa, arrancou-lhe o chapéu e deu-lhe um vigoroso bofetão, dizendo-lhe:
"-Que DEUS?, replicou o judeu. Se fosse verdade, a consequencia seria haver muitos deuses, pois, ao celebrarem a Santa Missa ele estaria em cada um dos vossos altares.
A estas palavras, o espírito, que habitava naquela mulher, tomou um crivo e, opondo-o ao sol, disse ao judeu que olhasse os raios filtrando-se pelos buracos. Em seguida ajuntou: "Dize-me, judeu, há então muitos sóis passando pelas aberturas deste crivo, ou um só?"
E, à resposta do judeu de que não havia senão um sol, a mulher replicou:
-"Porque espantas então, de que DEUS, feito Homem e feito Sacramento, possa ter, por um excesso de amor, uma presença real e verdadeira sobre vários altares, permanecendo, no entanto, uno, indivisível e imutável?"
Foi o suficiente para confundir a incredulidade do judeu, que por esse raciocínio se viu constrangido a confessar a verdade de nossa Fé.
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Fonte: As Excelências da Santa Missa, Leonardo de Porto- Maurício da Ordem dos Frades Menores- conforme a edição romana de 1737 dedicada a S. S. o Papa Clemente XII
(Pode-se encontrá-lo na Editora da Divina Misericórdia)
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