terça-feira, 4 de outubro de 2011

Que fazer pelas Almas do Purgatório?

(Continuação da postagem anterior, das revelações feitas a Santa Francisca Romana)


As Santas Missas,orações,esmolas, mortificações, ou indulgências que se aplicam a uma Alma em particular,aliviam principalmente, ou libertam primeiro a esta,diz a Santa,mas,todas as Almas do Purgatório também sentem alívio por causa da caridade que reina entre todas essas Almas santas.As Missas oferecidas e mais sufrágios feitos pelas Almas que não precisam,por estarem já no Céu,aproveitam aos que oferecem, e a todas as Almas do Purgatório.
As Missas,porém,ou os sufrágios aplicados a uma Alma que os parentes ou amigos julgam estar no purgatório e que se acha no inferno, nada aproveitam esta Alma desgraçada,nem às Almas do Purgatório,mas unicamente aos fiéis que rogaram por esta pobre alma,a não ser que na sua intenção quisessem aplicar seus sufrágios a todas as Almas do Purgatório,no caso de não servirem à Alma por quem as aplicaram em particular.
Convém aqui nos aconselhar com Santo Anselmo,que aproveita mais assistir devotamente uma só Missa,ou dar espórtula para se celebrar,do que deixar mil Missas para depois da morte.
Com efeito, assistindo à Missa durante a vida tiramos dela um proveito imediato e direto: se estamos em estado de graça,angariamos um novo grau de glória para o Céu;se estamos culpados de pecado mortal,podemos esperar que DEUS nos concederá o benefício dum sincero arrependimento;estando a nossa hora fixada e prevendo DEUS que,a executar o seu decreto, nós cairemos no Inferno,Ele retardará ou mudará,como seja melhor,esse momento decisivo,de maneira a não nos chamar ao seu tribunal senão reconciliados com Ele pela penitência.
As Missas que rezamos ou mandamos rezar em vida,são,pois,de precioso valor.Elas nos acompanharão até o tribunal do Supremo Juiz,pedindo graças para nós;e,se não nos livram do purgatório, impedem-nos de lá cairmos muito profundamente.
As Missas que são oferecidas por nós,depois de nossa morte,têm uma imensa vantagem, mas não tanto como se fossem celebradas durante a nossa vida e nós a elas assistíssemos;os méritos de JESUS CRISTO reservados aos assistentes,não podem ser já aplicados diretamente aos defuntos;a aplicação em seu favor só pode ser feita em forma de intercessão e sufrágio.
A espórtula [gratificação em retribuição de serviços religiosos] mediante a qual pedimos para celebrar o Santo Sacrifício,aumenta o valor deste supremo ato;por ela nos privamos de alguma coisa útil ou agradável,ao passo que sendo a Missa celebrada depois da nossa morte,significa privação,não já da nossa parte,mas da parte daqueles que a encomendam para celebrar.
Pode assim crer-se que DEUS nos concede o mérito desta esmola,somente numa medida restrita.
Ponderemos enfim que a vida presente é o tempo da misericórdia,e a vida futura o tempo da justiça,e compreenderemos que uma Missa durante a nossa vida deve ser mais eficaz do que muitas assistidas pelos nossos irmãos por intenção nossa,depois da morte. São Boaventura diz:
Assim como uma palheta de ouro vale mais do que uma barra de chumbo,assim uma pequena penitência livremente praticada nesta vida é preferível,aos olhos de DEUS,a uma grande penitência imposta na outra.

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